A diretoria do Sintesfal participou, nos dias 8 e 9 de agosto, no Centro de Formação e Lazer do Sindsprev, em Recife/PE, do V Congresso da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Superior (FITES).
Do Sintesfal estavam presentes: Edileite Salustiano, Djalma Alves, Cristina Aguiar, Marta Fernandes, Raquel Coutinho, Paulo Roberto e José Lourenço.
O evento foi marcado por debates sobre conjuntura nacional e internacional, apresentação de propostas e reafirmação do compromisso com a defesa dos direitos da classe trabalhadora.
A presidenta do SINTESFAL, Edileide Salustiano, avaliou a participação como “uma experiência profundamente rica, que reforçou a importância de estarmos organizados nacionalmente, ocupando espaços estratégicos e colocando no centro da pauta as questões sociais, de gênero e a luta por melhores condições de trabalho para todos e todas”.
Primeiro dia – 08 de agosto
O congresso começou com o credenciamento e entrega de materiais, seguido pela plenária de prestação de contas. Na condição de conselheira fiscal da FITES, Edileide avaliou e aprovou o balanço apresentado pelo tesoureiro, com ressalvas e sugestões de melhorias até o fim da gestão. A plenária aprovou por maioria.
Na mesa de abertura do Confites, foi votado o regimento eleitoral e eleita a comissão eleitoral. Em seguida, a juíza Ana Maria Aparecida Freitas ministrou a palestra “Nenhum direito a menos, democracia e unidade”, destacando a importância da união da classe trabalhadora frente a ataques à democracia e tentativas de retirada de direitos, reforçando o papel dos sindicatos na resistência.
À tarde, o advogado Diego Nieto de Albuquerque apresentou a análise de conjuntura nacional e internacional, abordando a crise política global, os impactos da economia neoliberal e o avanço de projetos que precarizam o trabalho no Brasil.
O dia foi encerrado com a abertura do Plano de Lutas, quando o Sintesfal apresentou propostas, incluindo:
-Redução da jornada de trabalho sem redução salarial, com atenção especial às mulheres e à política de cuidados;
-Luta nacional das mulheres, do combate ao assédio à equiparação salarial;
– Reestruturação e organização sindical;
– Ampliação da licença-paternidade para dar suporte à mãe no pós-parto.
Segundo dia – 09 de agosto
A programação de sábado teve início com informes dos sindicatos, seguida da eleição e posse da nova diretoria da FITES que ficou definida:
A partir de 1º de setembro, Edileide Salustiano assumirá a Secretaria de Políticas Sociais, Gênero e Etnias, enquanto o diretor de comunicação, Djalma Alves, ocupará a 4ª Suplência da Diretoria Nacional. Atualmente, Edileide é conselheira fiscal e Djalma, suplente do conselho fiscal.
O momento foi marcado por emoção e reafirmação da luta sindical. Dirigentes destacaram a importância de o Sintesfal ocupar a Secretaria de Políticas Sociais, Gênero e Etnias como espaço estratégico para pautar igualdade, combate ao racismo, enfrentamento à violência contra as mulheres e inclusão de todas as identidades no movimento sindical nacional.
Falas dos dirigentes
Para Cristina Aguiar, assumir esse espaço dentro da FITES é um avanço para o Sintesfal e para todas as trabalhadoras e trabalhadores que acreditam na luta por igualdade e respeito. “A Secretaria de Políticas Sociais, Gênero e Etnias é estratégica para combater as desigualdades e fortalecer o papel das mulheres e das diversidades no movimento sindical.”
Marta Fernandes estacou que estar na Secretaria de Políticas Sociais, Gênero e Etnias é mais do que um cargo: é a responsabilidade de garantir que as pautas das mulheres, das pessoas negras, indígenas e LGBTQIAPN+ estejam no centro da luta sindical. “Vamos transformar esse espaço em trincheira de resistência.”
Raquel Coutinho ressaltou que a ocupação dessa secretaria pelo Sintesfal demonstra a coerência com aquilo que o sindicato defende. “Um sindicato inclusivo, que luta contra toda forma de opressão e que coloca as questões sociais e de gênero como prioridade na sua agenda de lutas.”
Paulo Roberto destacou que a redução da jornada de trabalho sem redução de salário é uma pauta histórica que precisa sair do papel. “É uma medida que distribui melhor o tempo de vida, gera empregos e protege a saúde física e mental da classe trabalhadora.”
Já José Lourenço, defendeu que o trabalho não pode ser sinônimo de exaustão. “Defendemos que a FITES assuma a luta pela redução da jornada como prioridade, porque é uma pauta que dialoga diretamente com a qualidade de vida e com a dignidade da classe trabalhadora.”
Para Djalma Alves a redução da jornada de trabalho é também uma questão de justiça social. “Com a produtividade em alta, é inaceitável que apenas os patrões se beneficiem. O tempo precisa ser compartilhado para que todos tenham mais vida além do trabalho”.