Nos dias 28 e 29 de agosto, a diretoria do Sintesfal esteve presente na 17ª Plenária Estadual da CUT/AL, realizada em um cenário político alagoano marcado pela disputa entre extrema-direita e centro-direita, sem espaço para um diálogo efetivo com o movimento sindical.
A ampliação da terceirização e dos contratos temporários tem intensificado a precarização das relações de trabalho e fragilizado direitos. Diante desse contexto, a plenária priorizou a defesa da democracia, a construção de um projeto de desenvolvimento sustentável e o fortalecimento do sindicalismo cutista, com foco na formação política, na comunicação estratégica e na ampliação da representatividade.
Para a presidente do Sintesfal, Edileide Salustiano, é urgente combater a terceirização, mas também proteger os trabalhadores mais vulneráveis. “A terceirização enfraquece direitos, aumenta a rotatividade e impede que o trabalhador tenha segurança e estabilidade. Seguimos firmes contra esse modelo de trabalho, mas não podemos esquecer que milhares de homens e mulheres já vivem nessa realidade: terceirizados, temporários, informais e trabalhadores de aplicativos, sem salário digno, sem férias, sem décimo terceiro e sem nenhuma proteção social”, destacou.
A dirigente ressalta que o papel do movimento sindical é duplo: enfrentar a precarização e, ao mesmo tempo, acolher e organizar os desprotegidos, dando voz e garantindo direitos. “Sabemos que a terceirização tende a crescer ainda mais, sendo usada por governos e empresas como estratégia para reduzir custos e fragilizar a classe trabalhadora. É justamente por isso que precisamos assumir essa luta de forma coletiva e firme: defender quem já sofre com a precarização e impedir que esse modelo se torne regra em toda a sociedade.”
O diretor do Sintesfal, Djalma Alves, também alertou sobre os riscos do avanço desse modelo de trabalho: “Se a terceirização continuar crescendo nesse ritmo, em pouco tempo não teremos mais direitos. Só trabalhadores descartáveis. É hora de reagir antes que a classe trabalhadora vire mercadoria barata.”
A diretoria do Sintesfal reafirmou, junto com a CUT, o compromisso de fortalecer a representação sindical, ampliar a sindicalização e preparar novas lideranças para enfrentar os desafios atuais com coragem, diálogo e unidade. Para a direção, é hora de reconstruir a confiança da classe trabalhadora e mostrar que o sindicalismo é ferramenta essencial na defesa da democracia, dos direitos sociais e de um futuro mais justo para todos e todas.